A luta pela atenção
Saudades dos queridos floppy-disk e dos filmes gravados nos VHS...
Como mudou rapidamente o mundo. Assistimos a um avanço tecnológico rapidíssimo e a pandemia veio acelerar ainda mais o processo.
Não menos importante foi a explosão das redes sociais (tal como esta) em que as pessoas começaram a viver vidas paralelas falando sozinhas para um telemóvel, expondo o próprio corpo na tentativa de vender tudo e mais alguma coisa.
Existe uma competição agressiva para capturar a atenção das pessoas para os próprios interesses. A atenção define-se, genericamente, como o direcionamento consciente para uma determinada pessoa/coisa/objeto. Como capturar a atenção? Jogar com as cores, fazer vídeos explosivos, posar com pouca roupa ou quase em nudez, dizer palavrões, ofender pessoas, inventar coisas, etc. Na prática, não há limite (embora também existam bons exemplos)… Não me reconheço nessa maneira de fazer.
Escolham atrair a atenção com a vossa qualidade. Mostrar fotos em bikini ou de grande peitaça na praia não revela nada sobre a vossa competência profissional. Claro, a imagem conta, mas o trabalho, sobretudo quando se trata de saúde, não é para ser confundido com a vida de uma rock star. Não vale tudo.